O corpo é uma construção cultural: já que cada sociedade se
expressa diferentemente por meio de corpos diferentes, no qual este corpo que
encontramos na nossa individualidade, e que nos tornamos humanos. Desse modo,
se olharmos uma mesma cultura em diferentes épocas, iremos perceber que o ideal
de beleza, e criado, modificado, e recreado, estabelecendo assim a compreensão
que se tem como “feio” e “belo”.
Já o termo estética compõe-se de duas raízes
etimológicas. Uma é “aisth” que significa sensação, sentir, a outra é “etos”
que significa costume, moral. Portanto, pode-se dizer que corpo estética
significa a construção moral ou o costume da sensação e de sentimento em um
determinado individuo.
O corpo estético na sociedade e enfatizado pela
mídia e pela propaganda no objetivo de fazer indivíduos consumidores, pois a
sociedade e composta pelo sistema econômico em que estamos entrelaçados e pelos
padrões a serem estabelecidos na sociedade. Hoje e o caso do corpo na sociedade,
em que o corpo tem que ser belo, perfeito, lindo, se você possui este corpo
esta inserido no padrão estabelecido pela sociedade, se não possui este corpo
perfeito e descriminado e muitas das vezes o individuo e motivo de chacota.
Por exemplo, se olharmos a arte da
pré-história, no período Paleolítico Superior (aproximadamente entre 25.000
a.C. e 10.000 a. C.), veremos que nos trabalhos em escultura predominava as
figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios
volumosos e caídos, ventre saltado, com excesso de tecido adiposo e grandes
nádegas flácidas, destacando-se entre essas esculturas a que os cientistas
chamavam de “Vênus de Willendorf” (Proença, 2000). Então podemos ver que a uma
diferença muito grande de padrão de beleza da pré-história, para as mulheres do
século XXI que são influenciadas pela propaganda e pela mídia.
Venus de Willendorf.
O corpo é a ciência sociais são socialmente construídos, o corpo é e sempre será submetido a vários tipos de interdições e transformações, desse modo todo nosso agir, falar, sentir, andar e pensar representam modos de vida diferentes, de um determinado grupo social. Por isso que no planeta existe uma imensa diversidade de culturas, no qual, cada sociedade tem seus hábitos e costumes, e em cada uma há uma concepção diferente de corpo e de beleza. A preocupação do homem com o corpo, no entanto não e recente. Para os gregos a estética e o físico eram tão importantes quanto o intelecto na busca pela perfeição no qual traduzido na frase “mens sana in corpore sano” (mente saudável em corpo são).
Já no século XXI com as idéias de beleza
imposta pela indústria da moda e alimentados pela mídia a valorização do corpo
perfeito tornou-se uma obsessão global. Hoje cada vez mais pessoas buscam
formas de transformar o físico, em busca da perfeição de acordo com os padrões
(Renata Firace).
A sociedade, a propaganda e a mídia sem se da
conta traz danos aos indivíduos, é comum nos dias de hoje encontramos pessoas que
colocam suas vidas em riscos, consumindo remédios para emagrecer e
anabolizantes e fazendo cirurgia desnecessária, muito comum encontramos também
pessoas com algum tipo de doença como a anorexia, a bulimia, vigorexia entre
outros, isso e chocante.
O culto ao corpo coloca-se hoje como
preocupação geral atravessando todos os setores, classes sociais e faixas
etárias, apoiada num discurso ora voltada à questão estética, ora à preocupação
com a saúde. Assim, a percepção do corpo na atividade e dominada pela
existência de um vasto arsenal de imagens visuais e técnicas que investem na
transformação corporal, projetando corpos perfeitos para sociedade, de modo que
não basta ser saudável: há que ser belo, jovem, estar na moda e ser ativo
(FIGUEIRA, 2005, p. 2).
“Nunca se falou tanto em corpo como hoje, nunca
se falara tanto dele amanha. Um novo dia basta para que se inaugure outra
academia de ginástica, alongamento, musculação: publique-se novos livros
voltados ao autoconhecimento do corpo; descubram-se novos preconceitos quanto à
sexualidade, outras praticas alternativas de saúde; em síntese, vivemos nos
últimos anos perante a incontestável redescoberta do prazer, voltamos a dedicar
atenção ao nosso próprio corpo.” (Codo e
Senne, 1985)
Conclusão
É diante dessas e de outras relações
estabelecida pela sociedade, que tenho aqui o objetivo de que a sociedade se
conscientize e reflita mais sobre o uso de anabolizantes, e de qualquer outro
produto, pois o nosso corpo se torna um objeto manipulado pela sociedade, e
isso mostra como somos submissos, aos padrões de beleza impostos pela sociedade
econômica, pela mídia e pela propaganda.
Bibliografia
·
BARBOSA, Claudio Luiz de
Alvarenga. Educação
Física e Filosofia: a relação necessária. 1ª
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005, p.129-133.
·
Educação Física e
esportes: Perspectivas para o século XXV, Ademir Gbera. Wagner Wey organizador. Campinas, SP: Papirus, 1992
(Coleção Corpo e Motricidade).
·
FIGUEIRA, Márcia. A
revista “Capricho” como uma pedagogia cultura: Saúde, beleza e moda. IN: XIV Congresso Brasileiro de
Ciências do Esporte. Anais. RS:
Porto Alegre, 2005.
Mídia
e o culto à beleza do corpo. Disponível em:
http://www.brasilescola.com/sociologia/a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza
acessado em 26/10/2011 ás 17:15.
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