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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Corpo e estética na sociedade

O corpo é uma construção cultural: já que cada sociedade se expressa diferentemente por meio de corpos diferentes, no qual este corpo que encontramos na nossa individualidade, e que nos tornamos humanos. Desse modo, se olharmos uma mesma cultura em diferentes épocas, iremos perceber que o ideal de beleza, e criado, modificado, e recreado, estabelecendo assim a compreensão que se tem como “feio” e “belo”.
    Já o termo estética compõe-se de duas raízes etimológicas. Uma é “aisth” que significa sensação, sentir, a outra é “etos” que significa costume, moral. Portanto, pode-se dizer que corpo estética significa a construção moral ou o costume da sensação e de sentimento em um determinado individuo.
    O corpo estético na sociedade e enfatizado pela mídia e pela propaganda no objetivo de fazer indivíduos consumidores, pois a sociedade e composta pelo sistema econômico em que estamos entrelaçados e pelos padrões a serem estabelecidos na sociedade. Hoje e o caso do corpo na sociedade, em que o corpo tem que ser belo, perfeito, lindo, se você possui este corpo esta inserido no padrão estabelecido pela sociedade, se não possui este corpo perfeito e descriminado e muitas das vezes o individuo e motivo de chacota.
    Por exemplo, se olharmos a arte da pré-história, no período Paleolítico Superior (aproximadamente entre 25.000 a.C. e 10.000 a. C.), veremos que nos trabalhos em escultura predominava as figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos e caídos, ventre saltado, com excesso de tecido adiposo e grandes nádegas flácidas, destacando-se entre essas esculturas a que os cientistas chamavam de “Vênus de Willendorf” (Proença, 2000). Então podemos ver que a uma diferença muito grande de padrão de beleza da pré-história, para as mulheres do século XXI que são influenciadas pela propaganda e pela mídia.

Venus de Willendorf
    
    O corpo é a ciência sociais são socialmente construídos, o corpo é e sempre será submetido a vários tipos de interdições e transformações, desse modo todo nosso agir, falar, sentir, andar e pensar representam modos de vida diferentes, de um determinado grupo social. Por isso que no planeta existe uma imensa diversidade de culturas, no qual, cada sociedade tem seus hábitos e costumes, e em cada uma há uma concepção diferente de corpo e de beleza. A preocupação do homem com o corpo, no entanto não e recente. Para os gregos a estética e o físico eram tão importantes quanto o intelecto na busca pela perfeição no qual traduzido na frase “mens sana in corpore sano” (mente saudável em corpo são).
Já no século XXI com as idéias de beleza imposta pela indústria da moda e alimentados pela mídia a valorização do corpo perfeito tornou-se uma obsessão global. Hoje cada vez mais pessoas buscam formas de transformar o físico, em busca da perfeição de acordo com os padrões (Renata Firace).
    A sociedade, a propaganda e a mídia sem se da conta traz danos aos indivíduos, é comum nos dias de hoje encontramos pessoas que colocam suas vidas em riscos, consumindo remédios para emagrecer e anabolizantes e fazendo cirurgia desnecessária, muito comum encontramos também pessoas com algum tipo de doença como a anorexia, a bulimia, vigorexia entre outros, isso e chocante.
    O culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral atravessando todos os setores, classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso ora voltada à questão estética, ora à preocupação com a saúde. Assim, a percepção do corpo na atividade e dominada pela existência de um vasto arsenal de imagens visuais e técnicas que investem na transformação corporal, projetando corpos perfeitos para sociedade, de modo que não basta ser saudável: há que ser belo, jovem, estar na moda e ser ativo (FIGUEIRA, 2005, p. 2).
    “Nunca se falou tanto em corpo como hoje, nunca se falara tanto dele amanha. Um novo dia basta para que se inaugure outra academia de ginástica, alongamento, musculação: publique-se novos livros voltados ao autoconhecimento do corpo; descubram-se novos preconceitos quanto à sexualidade, outras praticas alternativas de saúde; em síntese, vivemos nos últimos anos perante a incontestável redescoberta do prazer, voltamos a dedicar atenção ao nosso próprio corpo.” (Codo e Senne, 1985)
Conclusão
    É diante dessas e de outras relações estabelecida pela sociedade, que tenho aqui o objetivo de que a sociedade se conscientize e reflita mais sobre o uso de anabolizantes, e de qualquer outro produto, pois o nosso corpo se torna um objeto manipulado pela sociedade, e isso mostra como somos submissos, aos padrões de beleza impostos pela sociedade econômica, pela mídia e pela propaganda.
Bibliografia
·         BARBOSA, Claudio Luiz de Alvarenga. Educação Física e Filosofia: a relação necessária. 1ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005, p.129-133.
·         Educação Física e esportes: Perspectivas para o século XXV, Ademir Gbera. Wagner Wey organizador. Campinas, SP: Papirus, 1992 (Coleção Corpo e Motricidade).
·         FIGUEIRA, Márcia. A revista “Capricho” como uma pedagogia cultura: Saúde, beleza e moda. IN: XIV Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. Anais. RS: Porto Alegre, 2005.
Mídia e o culto à beleza do corpo. Disponível em: http://www.brasilescola.com/sociologia/a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza acessado em 26/10/2011 ás 17:15.

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